.

Cidade da Beira - Macuti

www.nhamutungaguestroom.blogspot.com

Martinho Doce

Luca Pacioli

nhamutungaguestroom@gmail.com

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Cabora Bassa


© "LAND OF CONTRAST" by SONCA international








A barragem de Cahora Bassa (Cabora Bassa durante o período colonial português) situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete (a 120km desta cidade), em Moçambique. O seu lago é o segundo maior de África, com uma extensão máxima de 250 km em comprimento e 38 km de afastamento entre margens, ocupando cerca de 2700 km2 e tendo uma profundidade média de 26 m.

A albufeira de Cahora Bassa vista do espaço
É actualmente o grande elemento produtor de electricidade em Moçambique, com capacidade superior a 2.000 megawatts, que abastece Moçambique (perto de 250MW), África do Sul (1.100MW) e Zimbabué (400MW). Decorrem negociações para o abastecimento do Malawi com energia eléctrica de Cahora Bassa.


História
Foi projectada no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, um projecto ambicioso de desenvolvimento daquela região, lançado pelo Estado português. Há quem sugira que o projecto terá tido, igualmente, fins militares: a barragem serviria como barreira à progressão dos rebeldes.

A sua construção começou em 1969, tendo a albufeira começado a ser cheia em Dezembro de 1974. Nesta fase, era administrada pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa e detida conjuntamente pelo Estado de Moçambique, com uma participação de 18%, e por Portugal, com uma participação de 82%.

O sistema hidroeléctrico esteve apenas esporadicamente ao serviço durante a década de 1980, devido à guerra em Moçambique.

Em 1986, a barragem recebeu a visita do então presidente da República de Moçambique, Samora Machel. A seguinte inscrição comemorativa foi então colocada:

"Esta maravilhosa obra humana do género humano constitui um verdadeiro hino à inteligência, um promotor do progresso, um orgulho para os empreiteiros, construtores e trabalhadores desta fantástica realização. Cahora Bassa é a matriz do desenvolvimento do Moçambique independente. Os trabalhadores moçambicanos e portugueses, fraternalmente, juntando o suor do seu trabalho e dedicação, garantem que este empreendimento sirva os interesses mais altos do desenvolvimento e prosperidade da R.P.M. Moçambicanos e Portugueses consolidam aqui a unidade, a amizade e solidariedade cimentadas pelo aço e betão armado que produziu Cahora Bassa. Que Cahora Bassa seja o símbolo do progresso, do entendimento entre os povos e da paz no mundo." Samora Machel - Songo 17 de Setembro de 1986


A 31 de Outubro de 2006 o Estado português vendeu parte da participação de 82% que detinha no consórcio, ao estado moçambicano, por 740 milhões de Euros, ficando apenas com 15% do capital. Os restantes 85% passaram a caber ao Estado moçambicano, em troca de 950 milhões de dólares. O acordo foi assinado entre o primeiro ministro português José Sócrates e o presidente moçambicano Armando Guebuza, em Maputo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Memorias do passado